terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tributo ao Grande Retorno.
De Graça Lúcia Azevedo/ Senhora Telucama.
O círculo de almas em prece se fecha.
Mãos que se erguem na busca da luz.
Sonhos interrompidos de Panteões esquecidos.
Vórtices de energias múltiplas se impõem.
Entre pedras, sons e solfware. Arte e tradições se instalam.
Legiões de Deuses na conjugação céu, terra, e lua.
Da cripta para a vida.
A Senhora da Noite se faz anunciar sob trombetas de ships.
Infelizes algozes te prenderam nas sombras.
Hoje vinde a luz elevando seres, que dançam, cantam e oram.
Já vai longe o inverno tenebroso.
Dos sonhos desfeitos, prazeres esquecidos, corpos queimados.
A fértil Primavera chega plena de luz e cores em brisa de Paz.
Vem Mãe! Varre egos, idéias descabidas, preconceitos e temores.
Envolve prados, campos, vales e cidades com teu manto de puro amor.
Permita que a Mãe Lua, acorde os que ainda dormem sobre a sombra dos patíbulos.
Permita-nos louvar a tua beleza e abundância Senhora da cores.
Agrega teus filhos conduzindo-os pelos caminhos da humildade por entre o vale do Poder.
Toma teu sagrado cajado em punho.
Ergue-te!
Coroa Aquários a ti mesma de Pólo a Pólo.
Torna o sol, teu consorte, paraninfo da terra.
Desnuda definitivamente a magia da dor do parir.
Busca nas entranhas da tua grandeza, a gloria do feminino.
Induz a mulher para a percepção dos teus afetos.
Converte-a, ilumine-a, desperte-a.
Que taças e espadas se cruzem, pelo amor.
Que caldeirões fumeguem porções de acalanto e cura.
Que de templo em templo se eleve um culto, um brinde, um altar.
Que versado em flauta doce o nome de Pan ecoe.
Que clarões cintilem fogueiras sagradas em momentos festivos.
Que revendo o fogo divino, não se escorra lágrimas de sonhos não sonhados.
Que se instalem quermesses, com tortas de morangos e nozes.
Que se desfraldem bandeiras, entoando hinos sonoros.
Que soem trombetas eletrônicas, não importa o quanto.
Que batuquem tambores e acendam velas.
Que se espalhe incenso de aromas diversos.
Que se jogue arroz em chuva de sorte.
Que alarde os sinos em badaladas precisas.
Que se grite aos sete ventos por céus abertos e luas cheias.
É chegado o momento; a Grande Mãe voltou!
A Deusa mãe voltou!Que assim seja e assim se faça para o bem de todos!
Pois assim foi, assim é e assim será.

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